Jovens deverão ter aulas de cidadania nas escolas
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou nesta quarta-feira (3) substitutivo ao Projeto de Lei do Senado 38/2015, que vai permitir a inclusão do ensino de temas associados à cidadania nos currículos do Ensino Médio nas escolas de todo o país.
Pelo projeto inicial, do senador Reguffe (Sem Partido - DF), o conteúdo poderia ser incluído nos currículos como disciplina obrigatória, com o objetivo de desenvolver e trabalhar nos alunos noções de cidadania, do Estado Democrático de Direito, dos direitos e garantias fundamentais, noções sobre o Código de Defesa do Consumidor, o papel e as atribuições dos parlamentares e dos Chefes do Poder Executivo no Brasil, além de noções de educação fiscal.
Segundo Reguffe, a cidadania deve ser estimulada e alimentada desde cedo, por meio da educação em nossos lares e nas escolas brasileiras, com a conscientização dos direitos e deveres da vida em sociedade, com especial atenção ao papel dos representantes eleitos pela nossa população.
O relator do projeto, senador Cristovam Buarque (PPS-DF), optou pela aprovação da proposta e a rejeição de outros seis projetos que tramitavam em conjunto, mas com ressalvas. Ele considera apropriado que a inserção curricular ocorra de forma transversal, dentro das matérias existentes, sem a criação de nova disciplina.
Cristovam destacou os seguintes aspectos a serem abordados no ensino da cidadania: Direito Constitucional; noções de cidadania e democracia; competências e atribuições de deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidente da República; Direito do Consumidor; e noções de educação fiscal.
O projeto prevê que os sistemas de ensino terão 3 anos letivos para se adaptarem às novas exigências. A proposta será analisada agora pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte.
Fonte: Agência Senado
3 Comentários
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Para mim o conhecimento em economia política, direito constitucional, cidadania e ciências sociais é imensamente mais importante do que "seno, coseno e tangente, fórmula de bhaskara, classificação dos elementos químicos, e etc".
Não que o ensino básico de exatas não seja útil e também importante (até para que se desperte o interesse no aluno pelo aprofundamento), mas é desnecessário aprofundamento maior para a vida diária de qualquer cidadão que não trabalhe diretamente nas áreas correlatas.
Porque não educação financeira e raciocínio lógico ao invés de matemática? Ensinar a pensar e a aplicar o que aprende em sua própria vida, fazendo o aluno entender o benefício do conhecimento e da pesquisa (própria) traria melhores frutos dentro das possibilidades da atualidade (como a internet, por exemplo). Uma criança aprende, sozinha, em uma hora na frente de um computador (coisas inúteis, claro), muito mais do que em uma semana ouvindo o professor... Acho que deveríamos mesmo rever nossos sistemas de ensino. Demora dias para entender que o "quadrado da hipotenusa é igual à soma do quadrado dos catetos", mas consegue destrinchar um sistema operacional que nunca viu, de um celular, em poucos minutos.
Anos atrás falava-se muito em uma pesquisa que teria sido realizada entre jovens americanos, perguntando para eles se sabiam apontar no mapa onde ficava o Brasil. O resultado foi considerado péssimo porque a maioria não fazia ideia e isso foi divulgado aqui como "o tanto que o Brasil era desconhecido do mundo". Mas ninguém parou para pensar no "péssimo" sistema de ensino americano que não ensinava geografia básica... Não sei realmente se a pesquisa aconteceu de verdade, mas uma coisa eu fico pensando: quem quiser saber onde fica o Brasil vai pegar um Atlas e descobrir sozinho, porque um professor tem que te dizer isso? "Que ensinemos a usar atlas e não onde está localizado o Brasil..."
Abraços. continuar lendo
Não sei até onde é uma boa ideia. Não se ensina direito nem o que é muito claro e objetivo como português, matemática... Imagina ensinar coisas subjetivas e pior, que vão acabar por cair no cunho político como o PT já faz... continuar lendo
O que me preocupa são as constantes propostas de resolver todo tipo de mazela social inserindo novas disciplinas no currículo escolar, quando as disciplinas básicas já não tem sido lecionadas a contento, perdendo espaço para a quantidade de administração de conflitos aos quais a escola tem se responsabilizado em detrimento da responsabilidade familiar. continuar lendo